Peço a vossa atenção, por favor.
Sou Português e sei que este trabalho vos cabe A VOCÊS, mas
solidarizo-me completamente com a luta contra o Fascismo. No Brasil ou em
qualquer outro lugar.
Mesmo não sendo o meu país, ao longo destes dias, tenho
visto uma discussão a decorrer aqui: a questão de se fazer menções ou não a
cores partidárias. E quero dar a minha opinião, porque acho que vos pode ser
útil.
Em nome da transparência, sou tendencialmente de Esquerda e,
vendo o perigo que havia, em Bolsonaro, fiz campanha por Ciro no primeiro
turno, e Haddad, no segundo. A partir de Portugal, junto de amigos meus, que
EFECTIVAMENTE podiam votar e fazer a diferença.
Alguns membros deste grupo são, aliás, meus amigos e até
chegaram até mim, por causa da forma como me tenho envolvido neste drama.
De qualquer modo, eu não sou a questão, até porque não voto
para o Brasil. Mas tenho amigos no Brasil e o destino deles - e da Amazónia e
da Cultura Brasileira - preocupa-me.
Voltando à questão inicial, quem é a favor de haver menções
directas a partidos, diz referir a sua filiação política porque não quer ser
visto como isentão. Quem é contra, diz que não se pode partidarizar a questão.
A minha opinião é essa: sou contra as referências
partidárias e passo a explicar porquê.
A luta antifascista é uma luta PELA DEMOCRACIA. E, na
Democracia, participam partidos de Esquerda, de Centro, de Direita. A
instituição do Fascismo é a morte da Democracia PARA TODOS.
Então, a luta pela Democracia é uma luta de TODOS os
Democratas. Não é domínio da Esquerda, nem posse de nenhum partido. Nem deve
ser co-optada como tal.
Por mais que certas forças políticas estejam mais na
vanguarda da luta, só vai ser possível acabar com o Governo Bolsonaro e
libertar o país, com o trabalho e a colaboração de TODOS OS DEMOCRATAS.
Só assim vocês serão 70%. De outro modo, ficam todos
reduzidos à representação dos respectivos partidos.
Aliás, tenho a CERTEZA de que há Bolsominions a fazer-se
passar por Petistas, Ciristas, etc. para explorar clivagens neste e noutros
grupos, para evitar que se chegue aos 70%.
Este não é o momento para cada um lutar pela hegemonia do
seu partido. Este é o momento para que todos se unam contra um inimigo comum.
Resolvido esse problema mais urgente e comum a todos, podem voltar ao debate
político habitual.
Mas neste momento, isto é uma luta de todos contra um. E,
fazer isto, não é "bancar o isentão". Ninguém está a pedir-vos para
anularem a vossa natureza, a vossa identidade política.
Mas é pôr de lado as diferenças e sim, trabalhar com pessoas
que vos são desagradáveis. Incluindo gente de Direita, que sempre foi de
Direita e vai continuar a ser, mas que é contra este ataque à vossa liberdade.
Quem vos diz isso é alguém que é de Esquerda, que não deixa de ser de Esquerda,
mas que compreende que nunca serão 70% se só forem as Esquerdas unidas ou, pior
ainda, se for só o partido da Marina, do Ciro, do Lula, etc.
O que se está a dizer é que há uma questão maior e que, se
não for vencida, por mais protagonismo que agora consigam conquistar, deixa de
haver Democracia, para usufruir depois.
Parem de pensar em política como se fosse futebol. São vidas
que estão em jogo. Não há espaço para isso.
Nesse sentido, peço-vos que usem este grupo para chegarem a
estratégias conjuntas e não para se atacarem. Tenham noção do momento que estão
a viver e o quão ele pode determinar o vosso futuro e o futuro dos vossos
amigos, filhos, pais, cônjuges, etc.
Este grupo não é plataforma para nenhum partido. É uma
plataforma para todos os democratas se unirem para derrubar o Bolsonaro e a sua
quadrilha.
#Somos70porcento
João Barbosa
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