Foi dali que veio a formuleta "gripinha" +
"cloroquina", a prioridade do Trump foi proteger o crescimento da
economia, e os inimigos eram o "lockdown" dos governadores e a China
que produziu o vírus para dominar o mundo. Mas o Mr. President não deixou de
investir pesado nas vacinas.
Bolsonaro importou inicialmente a mesmíssima formuleta e o
mesmíssimo discurso anti-China americano com o apoio dos véios da Havan da
vida, dos empresários sanguessugas "temos que preservar os empregos"
(o lucro, né?) e dos ministros puxa-sacos.
Lá pelo fim de maio começaram a pipocar os estudos que
indicavam que a cloroquina não era apenas ineficiente contra a covid-19, como o
seu uso sem supervisão médica trazia sérios riscos para a saúde. O FDA, a
principal autoridade de vigilância sanitária norte-americana, revogou em maio o
uso emergencial da cloroquina e o Trump resolveu doar o estoque remanescente ao
Brasil. E claro, acelerou os investimentos em vacinas.
Mas o Bolsolini com a cumplicidade do CFM, de médicos
irresponsáveis e dos aproveitadores de sempre liderados pelo Arthur Weintraub
em parceria com o Osmar Terra (o tal gabinete paralelo) continuou na contramão
do mundo a incentivar o uso e produção (incluindo no exército) da cloroquina,
agora no "combo" com a ivermectina (o kit do tratamento precoce) e
sabotar as medidas de isolamento dos governadores.
Trocou o Teich "anti-cloroquina" pelo Pazuello,
"um manda o outro obedece", e o Carluxo colocou a escumalha
bolsonarista nas redes para polarizar: "saúde vs. economia”,
"cloroquina vs. isolamento", "Bolsonaro vs. governadores e
prefeitos", “Bolsonaro vs. STF", "Bolsonaro vs. Mídia",
"Brasil vs. China".
E quando o Dória, o "calça apertada", aproveitou a
oportunidade para faturar os dividendos políticos de um projeto da vacina
chinesa no Butantan, Bolsolini passou a direcionar a artilharia da horda
digital contra as vacinas: do virar jacaré à "vachina" e orientou o
Pazuello a atrasar as negociações não apenas com o Butantan, mas com todas as
farmacêuticas globais.
Não precisa de CPI nenhuma para descobrir isso, é só reler
as manchetes dos jornais desde fevereiro do ano passado. Bolsonaro não é um
idiota, tanto a estratégia "pró-cloroquina",
"anti-isolamento" como não ter vacinas foram projetos meticulosamente
planejados e implementados sob sua orientação. E o discurso de
"polarização" foi articulado pelo Carluxo com a cumplicidade das
redes bolsonaristas e dos idiotas de sempre.
E pouco importa o nome que a história dará a essa
barbárie: genocídio, extermínio em massa, crime contra a saúde ou qualquer
outro que as conveniências políticas decidirem. A única coisa que não dá mais
para escolher são os nomes das quase quinhentas mil vítimas desse assassinato
em massa, lembrando que a tragédia está longe de acabar.
Mas já vimos esse filme antes, né? No Brasil, a impunidade
do andar de cima é a regra do jogo, e os Brilhantes Ustras da vida são heróis
dos imbecis manipulados de sempre. E claro que será conveniente para a esquerda
concordar com uma "anistia ampla geral e irrestrita".
E viva a Copa América.
Por Juarez Q Campos
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