Um magistrado não pode usar os poderes que lhe são
conferidos, mesmo que de “forma bem-intencionada”, mudar os rumos políticos de
uma nação.
É o que vimos acontecer recentemente, a parcialidade do ex-juiz
Sérgio Moro nos julgamentos contra o ex-presidente Lula, fez com que a eleição presidencial
de 2018 tivesse protagonistas diferentes do que era esperado.
Porém essa interferência foi devidamente corrigida pelo STF
ao decidir pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro no julgamento do processo
do "triplex do Guarujá", o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
deu um passo no sentido de fortalecer a democracia e as instituições
brasileiras, “devolvendo” ao ex-presidente Lula os seus direitos
políticos.
“Lula passou 580 dias presos, viu familiares morrerem e foi
impedido de se candidatar à presidência. A Lava Jato tentou passar uma borracha
em sua história e promoveu uma criminalização da política que abriu espaço para
o fascismo”
O cenário político nos mostra que teremos uma disputa acirrada
entre Lula e Bolsonaro para a presidência em 2022, que na realidade deveria ter
acontecido em 2018, se não fosse a “interferência jurídica”, tido também como
“golpe contra a democracia”.
Em meio a uma pandemia que assola o mundo, principalmente o
Brasil que já fez mais de meio milhão de vítimas, ambos candidatos estão em
campanha, cada um no seu estilo.
Bolsonaro inconsequentemente segue “cavalgando” pelo país
aglomerando milhares de motociclistas, desrespeitando as orientações de
segurança e saúde, inclusive do próprio Ministério da Saúde, no intuito de
angariar votos para 2022.
Enquanto Lula faz a sua campanha, respeitando as orientações
de segurança e saúde, se articulando de forma inteligente, que lhe é peculiar,
com várias lideranças políticas e econômicas do Brasil.
Bolsonaro já sai em desvantagem com relação a 2018, pois a
esperança de mudanças que lhe foram depositadas estão aos poucos se
desintegrando.
O índice de rejeição ao governo Bolsonaro atingiu o recorde
de 59% e apenas 35% ainda aprovam o seu governo, é o maior nível desde junho de
2020.
Nesse quesito o ex-presidente Lula sai na frente do
candidato governista, com apenas 49% de rejeição, Lula está com uma pequena
vantagem. Mas teoricamente os pré-candidatos estão tecnicamente empatados.
Certamente será uma disputa parelha e desleal, pois o
presidente Bolsonaro já demonstrou um apego descomunal a cadeira presidencial. E
vem utilizando a mesma tática que pudemos assistir nas eleições presidenciais
dos Estados Unidos, alegando antecipadamente possível fraude nas urnas
eletrônicas, sistema que a anos vem sendo utilizado e nunca houve uma denúncia
sequer de irregularidade ou fraude eleitoral.
Haja coração, pois conhecendo bem o estilo de campanha do
atual presidente, tudo pode acontecer e o fanatismo levará a democracia ao caos.
Tudo para não entregar o poder, seja lá quem for o vencedor do pleito
presidencial, que venha derrotar o atual presidente.
O único pilar que ainda sustenta a democracia é o STF,
espero que possamos contar com isso até a entrega da faixa presidencial ao
futuro presidente.
Salve 2018!!!!!!! Adeus 2018!!!!!!! e que possamos te
enterrar para sempre.
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