O Brasil tem enormes desafios, como as reformas tributária, administrativa, questões ambientais, o combate à pandemia com o avanço da vacinação, além da criação de condições socioeconômicas para a geração de emprego e renda.
O voto impresso está pautando o Brasil. Não é justo com o
País e com o que a Câmara dos Deputados tem feito para enfrentar os grandes
problemas do Brasil desde que assumi a presidência desta Casa.
Avançamos em muitas questões, atualizando e modernizando a
legislação e retirando da gaveta projetos que estavam represados. O Brasil
sempre teve pressa, e o momento atual é ainda de maior urgência.
A Câmara dos Deputados é a casa das leis e, infelizmente,
assistimos nos últimos dias um tensionamento, quando a corda puxada com muita
força leva os Poderes para além dos seus limites.
A Câmara dos Deputados sempre se pauta pelo cumprimento do
Regimento e pela defesa da sua vontade, que é a expressão máxima da democracia.
Pela tranquilidade das próximas eleições e para que possamos
trabalhar em paz até janeiro de 2023, vamos levar a questão do voto impresso
para o Plenário, onde todos os parlamentares eleitos legitimamente pela urna
eletrônica vão decidir.
Para quem fala que a democracia está em risco, não há nada
mais livre, amplo e representativo que deixar o plenário manifestar-se.
Só assim teremos uma decisão inquestionável e suprema,
porque o plenário é nossa alçada máxima de decisão, a expressão da democracia.
E vamos deixá-lo decidir.
Esta é a minha decisão.
O presidente da República tem o seu gabinete, a Suprema
Corte tem os seus juízes, e o Ministério Público Federal tem no
procurador-geral da República firmeza e responsabilidade constitucional. Todos
ciosos de seu espaço institucional.
E a Câmara dos Deputados é a casa mais democrática, onde o
voto livre reverbera sempre a vontade popular.
Ouvir a casa – ser a voz de todos os deputados, sermos nós e
não “eu” – coisa que venho repetindo constantemente para todos vocês.
Por isso, esta é uma decisão coerente com minha trajetória –
de homem público que não foge do debate.
Repito, não contem comigo com qualquer movimento que rompa
ou macule a independência e a harmonia entre os Poderes, ainda mais como chefe
do Poder que mais representa a vontade do povo brasileiro.
Esse é o meu papel e não fugirei jamais desse compromisso
histórico e eterno.
O botão amarelo continua apertado. Segue com a pressão do
meu dedo. Estou atento. 24 horas atento. Todo tempo é tempo.
Mas tenho de certeza que continuarei pelo caminho da
institucionalidade, da harmonia entre os Poderes e da defesa da democracia.
O Plenário será o juiz dessa disputa, que já foi longe
demais.
Muito obrigado.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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