“Essa luta segue, pela sua inconstitucionalidade, para o
Supremo Tribunal Federal. Não devemos desanimar, façamos o bom combate e
mantenhamos a fé”, disse o deputado, que trajava um uniforme dos Correios.
O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), também
afirmou que a proposta fere os princípios da Constituição de 1988 e que a
Justiça terá de decidir sobre o tema.
“Este debate fere o artigo 21 da Constituição. Então, jamais
poderíamos, dessa forma, estar privatizando os serviços de Correios do País. E
deixo claro, para manter uma postura honesta, que nós vamos recorrer à Justiça
diante dessa inconstitucionalidade”, declarou.
O líder do PDT, deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), também
lamentou a votação da proposta. “Hoje nós estamos vendendo os Correios do
Brasil, um dos maiores patrimônios deste País, em uma tarde com o Plenário
esvaziado, com votação remota, sem que a sociedade acompanhe, sem que a
sociedade saiba”, disse.
Modernização
O líder do PSL, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), rebateu as críticas. Ele afirmou
que o projeto está inserido na linha liberal do governo. “Nós já estamos nessa
trilha do nosso governo e presidente há algum tempo. Nós aprovamos aqui a
reforma da Previdência, a privatização da Eletrobras, a autonomia do Banco
Central, a regularização fundiária, o licenciamento ambiental e tantas outras
pautas importantíssimas para destravar a economia”, destacou.
A venda da estatal também foi defendida pelo deputado Capitão
Alberto Neto (Republicanos-AM). “Os Correios precisam ser privatizados, sim, e
este é o momento ideal porque a cada ano que passa a empresa estatal perde
mercado e vai reduzindo o seu valor”, disse. Ele afirmou que a venda dos
Correios poderá arrecadar R$ 2 bilhões por ano.
Para o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), o novo modelo
será mais efetivo. “Hoje nós temos um serviço caro, com milhões de cartas
atrasadas a serem entregues à população. Não há investimento na modernização.
Há burocratização”, criticou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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