Comenta-se nos bastidores de Brasília, que o médico Marcelo Queiroga comunicou ao presidente Jair Bolsonaro que não ficará mais à frente do Ministério da Saúde. O (ainda) titular da pasta permanecerá na função até que o Planalto encontre um substituto.
Bolsonaro tentou demover o ministro, sem sucesso. Queiroga
disse que o ministério está profundamente dividido em meio à crise e que não
consegue impor sua autoridade. Em síntese, afirmou que não tem condições de
trabalhar como supôs que seria possível. Queiroga é o quarto ministro da Saúde
a pedir demissão desde o começo da pandemia.
O presidente agradeceu os serviços de Queiroga e insistiu
para que ele ficasse no cargo até que o Planalto escolha um novo ministro.
Também insistiu para que a saída dele permanecesse em sigilo, de modo a evitar
mais desgastes políticos
O pedido de demissão
e o teor dele foram relatados, reservadamente, por duas fontes com conhecimento
direto dos fatos.
É improvável que haja uma reviravolta nesse caso, avaliam
essas fontes. Trata-se de uma saída amigável e consensual, de acordo com elas.
Não houve fritura nem o presidente ficou contrariado com qualquer ação de
Queiroga - ao contrário, o médico se queimou perante os pares ao relativizar o
uso de máscaras.
Não há data firme para a troca no ministério, mas Bolsonaro,
além de ainda estar em busca de um substituto, quer resolver o problema após os
atos do 7 de setembro.
Apesar do Ministro Queiroga já ter vindo a público dizer que
essa notícia não procede, vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.
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