quinta-feira, 17 de março de 2022

Qual o seu lado nessa guerra

O mais cômodo possível, pois estamos em casa assistindo de camarote, ao lado de nossos maridos, esposas, filhos e filhas. Longe de qualquer conflito, sofrimento e dor, onde jamais poderemos sequer imaginar o quão desesperador é o “lado de lá”.

A nossa revolta e indignação é pequena diante da destruição maciça, do medo entre as pessoas, da fome, da angústia de não ter notícias dos nossos parentes e amigos.

Escondidos em porões, passando frio, fome, sede e lá fora.... sirenes tocando para nos avisar que mais um ataque devastador está acontecendo. Centenas de inocentes sendo executados diariamente. A troco de que?

Carl von Clausewitz (1780-1831) é considerado uns dos principais teóricos da guerra, encarando-a como uma expressão extrema, porém natural, da política. Nascido na Prússia, ingressou no exército com apenas doze anos de idade, tornando-se general aos trinta e oito. A despeito de sua importante participação nos campos de batalha, a principal contribuição de Clausewitz está no âmbito teórico, ao buscar identificar os elementos permanentes da guerra e como estes funcionavam.

Logo no primeiro capítulo de seu livro Da Guerra, o autor apresenta o duelo – a oposição entre duas forças – como sendo a essência da guerra, onde o objetivo é tornar o adversário incapaz de toda e qualquer resistência, e o meio usado para tal fim é a violência. Daí a sua definição: “[...] a guerra é, pois, um ato de violência destinado a forçar o adversário a submeter-se à nossa vontade.”

Ou seja, a imposição de um “desejo mesquinho”, através da força bruta extrema, de que uma nação se sujeite a novas regras impostas pelo opressor.

Para Clausewitz, a natureza da guerra é única e imutável, ao passo que suas características (e técnicas) podem se alterar por conta de ideias, tecnologias ou influências, tanto do tempo quanto do espaço.

Ao declarar que a guerra é um ato de violência empregado com uma finalidade objetiva (a derrota do inimigo), o autor reconhece a brutalidade desse conflito e afirma que ignorar tal fato é um desperdício de força, para não dizer um erro. O emprego da força física, no entanto, deve estar associado ao uso da inteligência, não para introduzir um princípio moderador, mas para utilizar a violência da forma mais objetiva, a fim de garantir a completa submissão do inimigo. Sendo uma colisão entre duas forças vivas, a guerra é vista como uma ação recíproca, em que o ataque é relativo ao grau de força do adversário, e a paz só será possível mediante a rendição ou destruição deste.

É muito triste vermos o que está acontecendo, o mais provável, será a aniquilação total de uma nação, onde inocentes estão tendo que abandonar uma vida, fugindo para outros países e outros exterminados e sendo jogados em valas comuns, sem ao menos uma despedida.

Infelizmente essa barbárie está bem próximo a nós, aos que ainda não perceberam, estamos sendo conduzidos por um caminho sombrio que nos levará as “trevas”.

Precisamos de Amor e Solidariedade, pois só assim, conseguiremos viver em PAZ.

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