Todo ser humano está sujeito a carências de toda ordem, sejam materiais, sentimentais ou espirituais. E somente quem as está sentindo é que sabe e, raramente elas se exteriorizam ou são facilmente perceptíveis a outrem.
Assim, evitemos frustrar a expectativa de quem procura em nós o socorro de que necessita; não nos mostremos incapazes para o auxílio; ainda que não possamos atender o pedido que nos é endereçado, não permitamos que ninguém se retire de nossa presença com as mãos vazias.
Improvisemos algo, por menor que seja, em favor de quem, em nós, busca o amparo da Divina Providência; nos imaginemos na condição de última possibilidade de ajuda a alguém em desespero e sufocar lhe o que possa ser sua última esperança!
Como nos sentiríamos diante da negação à porta que se fechasse à nossa frente se estivéssemos em tal situação? Que nos custa uma palavra de ânimo ao desesperado, um ombro amigo e um ouvido atento? Ou que diferença farão em nosso bolso algumas moedas a menos?
Nos esforcemos para não dizer “não” a quem recorra aos nossos préstimos e procuremos não nos justificar nas nossas omissões ante a carência do nosso próximo. A verdadeira caridade não tem limites, pois ela é fruto do verdadeiro amor, e este é incondicional.
Portanto, advoguemos a causa dos sofredores para que, diante das leis que regem os princípios da vida, encontremos quem se disponha a advogar a nossa quando e se o infortúnio nos visitar.
Um excelente Domingo de Páscoa para todos nós, com muita saúde e muita paz.
Um abraçaço!
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